
Dois dias depois da agência Standard & Poor’s sugerir que a crise de crédito poderia estar próximo do seu final, o banco Bear Stearns pede água e é socorrido pelo FED e JP Morgan, através de um empréstimo para necessidades de curto prazo (linha de crédito de duração de 28 dias). Dito isso, podemos concluir que das duas hipóteses a seguir, uma prevalecerá:
- A agência Standard & Poor’s está correta em sua visão. O Bear Stearn pode ter sido realmente o último grande banco a ser socorrido e a crise estaria se dissapando ou;
- Esta mesma renomada instituição teria se exposto e deixado claro para o mercado que a verdadeira dimensão e profundidade da crise é desconhecida.
Enquanto isso, no cenário doméstico, o COPOM deixou claro que se necessário for aumentará a taxa básica de juros para conter uma possível pressão inflacionaria e/ou fuga de capitais. Na próxima terça-feira, a taxa de juros americana provavelmente vá para 2,25%. Teremos então, a manutenção de um cenário muito claro de atratividade de investimentos no Brasil (em função da diferença entre as taxas de juros).
Enfim, independentemente da nebulosidade do cenário externo, continuamos com a perspectiva de uma blindagem consistente do nosso país frente às adversidades daí advindas.

