À luz dos dados sobre o mercado de trabalho americano divulgados no dia 4 do corrente mês, o Merrill Lynch foi contundente ao dizer que a recessão nos Estados Unidos já havia começado. Por outro lado, ontem, o secretário do Tesouro americano Henry Paulson, descartou implicitamente um cenário recessivo no país.
Em meio a essas percepções divergentes, temos alguns fatos consolidados:
- Em dezembro, taxa de desemprego de 5%, ante expectativa de 4,8%, e ainda 18 mil empregos gerados contra uma previsão de 70 mil;
- Queda dos preços do mercado imobiliário;
- Contração do crédito e
- Elevação dos preços de energia.
Com este cenário, o FED e o governo americano têm duas ferramentas. A primeira é seguir com os cortes da taxa básica de juros. O próximo corte está previsto para o final de janeiro. A segunda é um afrouxamento da política fiscal do país.
Em relação aos cortes na taxa básica de juros, vale lembrar que foi exatamente este tipo de ação entre 2001 e 2003 que semeou a crise do setor imobiliário de hoje.
Já na segunda opção, com os níveis atuais de endividamento do referido país, o espaço para manobra se reduz bastante.
Enfim, se é recessão ou desaceleração do crescimento, não importa. O foco deve estar no que é fato consolidado e principalmente nas ações do FED e do governo americano, no que tange aos seus desdobramentos e futuras conseqüências.

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