
O mercado acionário brasileiro vem sofrendo perdas significativas. A razão desta tendência baixista pode ser facilmente entendida quando aceitamos que o nosso mercado apresenta grande exposição à commodities, alto volume de participação de capital estrangeiro nas negociações e que a nossa taxa básica de juros é uma das mais altas do mundo.
Desde o mês passado, tanto os preços dos metais quanto os de energia vêm apresentando desvalorização no mercado internacional. O barril do petróleo chegou a desvalorizar mais de 20% do preço máximo de US$ 147 cotado no dia 11 de julho. Em relação ao capital estrangeiro, a Bovespa acumulou no primeiro semestre saldo negativo de mais de R$ 6,65 bilhões . Além disso, no último boletim Focus do Banco Central a previsão é de encerrarmos o ano com a Selic em 14,50% , dificultando o desempenho de qualquer setor no mercado acionário.
Por outro lado, para o início de 2009 a previsão é de um cenário menos turbulento e com potencial de bons investimentos. Mesmo com as commodities menos aquecidas, as empresas desse setor têm perspectiva de apresentar fortes resultados e desde já possuem preços atrativos de compra de seus papeis. A crise de liquidez americana tende a se esgotar a medida que grandes bancos se livram ou até mesmo recompram ativos podres como fez o Citigroup, num esforço para retomar a confiança do grande investidor. Com isso, o dólar já mostra sinais de fortalecimento diante do euro e da moeda japonesa. Já a inflação, tende a mostrar menos força no ano que vem permitindo uma política monetária levemente mais frouxa.
Dito isso, a sugestão para quem já está investindo é aguardar a reação do mercado em meados de 2009 e, para quem ainda não é investidor, é aproveitar algumas pechinchas que estão por aí dando sopa.

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