
Os Estados Unidos e a Europa, já se encontram em um processo de desaceleração econômica que poderá perdurar até 2009. As taxas de desemprego apresentam leve tendência de crescimento, que como conseqüência conterá uma alta dos salários. Tudo isso sugere que o consumo caia. Empresas irão cortar custos e limitar os aumentos salariais. Além disso, o índice de confiança do consumidor americano é o mais baixo em mais de 20 anos. Tudo isso contribuirá para conter a alta de preços.
Já nos países emergentes a situação é bem diferente. O aumento recente dos preços tem sido causado principalmente pelo aumento dos preços de energia e dos alimentos. Nesses países, as economias se encontram aquecidas com alta demanda por commodities, ou seja, a alta dos preços se dá pela forte demanda e não pela escassez da oferta. Mas, o que temos visto não é um aperto monetário e sim subsídios e controle de preços. Essas ações são ineficazes no longo prazo, uma vez que não incentivam a produção nem desaceleram a demanda.
Ainda, alguns países da Ásia e grandes exportadores de petróleo estão em situação mais complicada. Grandes volumes em reservas e moedas atreladas ao dólar dificultam o estabelecimento de uma sintonia fina entre as políticas monetária e cambial.
E o Brasil? O BC brasileiro tem dado firmes demonstrações de que não vai permitir o recrudescimento da inflação. Diferentemente da maioria dos países emergentes, o Brasil vem elevando sua taxa básica de juros antecipando-se a uma conjuntura de aumento de preços e manifestando, desta forma, uma clara percepção do cenário global. Por um lado, essa ação além de preventiva e prudente, tem nos mantido atraentes ao capital externo. Por outro, esse elevado e contínuo fluxo de entrada de capitais vêm pressionando a nossa taxa de câmbio, potencializando uma possível vulnerabilidade futura em nossas contas externas.

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