
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
O gigante asiático...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Luz no fim do túnel...

segunda-feira, 30 de junho de 2008
Hora de apertar...

Já na Europa, na primeira semana de julho, com o mesmo objetivo de segurar a escalada de preços, o BCE deverá aumentar em 0,25 p.p sua taxa básica de juros há meses mantida inalterada em 4% a.a.
Como EUA e Europa apresentam queda no ritmo de crescimento, é preciso uma sintonia fina no que tange à política monetária, para conter os preços e não comprometer o crescimento das respectivas economias. Por incrível que pareça, esse não é o maior desafio.
Com essa diferença de taxas de juros entre EUA e Europa, os grandes investidores realizam a chamada arbitragem de juros. Assim, a moeda americana segue se desvalorizando frente ao Euro, aumentando o poder de compra da última moeda. Como os alimentos e o barril do petróleo são cotados em dólares no mercado internacional, mais investidores tem acesso à essas commodities. Dessa forma, os preços seguem em alta, além de commodities serem consideradas mais seguras em épocas de recessão.
Com os EUA mantendo inalterada sua taxa de juros provavelmente até as eleições presidenciais e o BCE elevando a mesma para 4,25% a.a já na sua próxima reunião podemos esperar pressões inflacionárias mais intensas e o barril do petróleo acima dos US$150.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
... inflação..

Os Estados Unidos e a Europa, já se encontram em um processo de desaceleração econômica que poderá perdurar até 2009. As taxas de desemprego apresentam leve tendência de crescimento, que como conseqüência conterá uma alta dos salários. Tudo isso sugere que o consumo caia. Empresas irão cortar custos e limitar os aumentos salariais. Além disso, o índice de confiança do consumidor americano é o mais baixo em mais de 20 anos. Tudo isso contribuirá para conter a alta de preços.
Já nos países emergentes a situação é bem diferente. O aumento recente dos preços tem sido causado principalmente pelo aumento dos preços de energia e dos alimentos. Nesses países, as economias se encontram aquecidas com alta demanda por commodities, ou seja, a alta dos preços se dá pela forte demanda e não pela escassez da oferta. Mas, o que temos visto não é um aperto monetário e sim subsídios e controle de preços. Essas ações são ineficazes no longo prazo, uma vez que não incentivam a produção nem desaceleram a demanda.
Ainda, alguns países da Ásia e grandes exportadores de petróleo estão em situação mais complicada. Grandes volumes em reservas e moedas atreladas ao dólar dificultam o estabelecimento de uma sintonia fina entre as políticas monetária e cambial.
E o Brasil? O BC brasileiro tem dado firmes demonstrações de que não vai permitir o recrudescimento da inflação. Diferentemente da maioria dos países emergentes, o Brasil vem elevando sua taxa básica de juros antecipando-se a uma conjuntura de aumento de preços e manifestando, desta forma, uma clara percepção do cenário global. Por um lado, essa ação além de preventiva e prudente, tem nos mantido atraentes ao capital externo. Por outro, esse elevado e contínuo fluxo de entrada de capitais vêm pressionando a nossa taxa de câmbio, potencializando uma possível vulnerabilidade futura em nossas contas externas.
terça-feira, 22 de abril de 2008
No banco de reservas...

Um mercado imobiliário quebrado, crédito contraído, altos preços de alimentos e energia e agora um enfraquecido mercado de trabalho, estamparam o primeiro trimestre americano. Por outro lado, ações de política monetária, estímulos fiscais pelo congresso, taxas de juros decrescentes e reformas no setor financeiro seguem atuando de forma a amortecer e atenuar a penetração da desaceleração por outros setores da economia dos Estados Unidos. Se dessa forma a queda não será tão acentuada, quando terá início a recuperação da maior economia do mundo?
Na década de 1990 alguns paises europeus passaram por crises financeiras sérias semeadas por dificuldades no setor imobiliário que desencadearam anos de estagnação. Ainda, a herança que esses estímulos e reformas fiscais irão deixar para o próximo presidente americano será um desafio e tanto de solução que levará alguns bons meses, principalmente se ele for Democrata.
Se o crescimento do PIB global a uma taxa de 3,7% em 2008, percentual previsto pelo FMI, fosse um título a ser conquistado pela seleção formada por players mundiais de vários continentes, o Estados Unidos estariam no banco de reserva, pelo menos até o segundo semestre de 2009.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Sairemos ilesos?

sexta-feira, 7 de março de 2008
A Globalização e o Descolamento...

Temos observado que os desafios que a economia americana vem enfrentando têm fomentado as relações comerciais entre os países emergentes, ou seja, aquela idéia que países pobres exportam para os países ricos é coisa do passado. O comércio entre Brasil, Russia, Índia, China (BRIC) e outras economias emergentes nunca esteve tão aquecido.
O resultado dessa relação comercial entre as economias em desenvolvimento tem sido aumento do consumo doméstico e principalmente dos investimentos em infra-estrutura.
O lucro de algumas multinacionais americanas no quarto trimestre surpreendeu até mesmo os mais otimistas, ao verificarem que o bom desempenho de suas sucursais nos países emergentes contrabalanceou perdas no seu país de origem.
Ainda: mesmo que os preços das commodities (que representam grande parte da pauta de exportação dos BRIC) enfraqueçam, diminuido assim as receitas provenientes das vendas externas, alguns países em desenvolvimento, por terem se tornado credores líquidos, têm agora muito mais espaço para ações de política fiscal ou monetária.
Dito isso, é importante salientar que, mesmo que a teoria do descolamento esteja se confirmando não quer dizer que a crise americana não trará nenhum impacto ao resto do mundo, ou ainda, que os emergentes salvarão a economia global de um possível desaquecimento. Para mais detalhes sugerimos a leitura do nosso post de 21 de dezembro de 2007, entitulado "Para um bom 2008".
